Cap. 3: Vamos ser irmãos!
O tio de Yang Meng enviou quatro homens para Bai Luo Yin; Ma Tu (Ma careca), La La Man, San Zhazi e Si Lingdang. Só de ouvir os apelidos deles um saberia que eles não são pessoas com habilidade intelectual, mesmo que eles tivessem alguma, esses indivíduos simplesmente não pertencem a esse grupo de pessoas.
O estupefato Ma Tu fixou os olhos no lugar; realmente era um hotel cinco estrelas extravagante, ele não podia evitar de ter que limpar a saliva pingando. Ele juntou as mãos e as esfregou juntas intensamente. O olhar em seu rosto mostrava claramente sua ansiedade.
"Hoje, eu devo lamentar escandalosamente, mais do que todas as outras vezes combinadas".
San Zhazi estava confuso, "Supostamente seria por volta de 300 dólares, mas aquele pilantrinha só pagou 200 dólares cada; se você vai chorar tanto assim, nós não saímos perdendo?"
"Eu dei a ele aqueles 100 extras".
"…."
La La Man se agachou ao lado da parede, estreitou os olhos para Ma Tu, "Por que?"
"Quem disse a ele para fazer uma festa em um lugar tão caro?"
Si Lingdang permanecia quieto ao lado deles quando seus olhos focaram em um carro elegante passando, enquanto mais questões suspeitas surgiam em sua mente.
"Lindang, o que você está olhando?"
"Eu acabei de notar que esse estacionamento está cheio de carros militares, essa pessoa não é só 'alguém'!"
"Besteira, a pessoa dando a festa aqui é nossa estrela da sorte de hoje".
"Não… o que eu quero dizer é que não devemos ser cegados por dinheiro, ou talvez não seja só o dinheiro que possamos perder, na pior hipótese talvez tenhamos que passar de 3 a 5 anos na prisão…"
"Mesmo que tenhamos sorte de pagar apenas metade do tempo, nós podemos nos tornar delirantes. Mais, esse trabalho pago vai dar menos de 1000 dólares quando terminarmos, deveríamos desistir logo?"
Si Lingdang esquadrinhou a segurança e não pôde dizer nem mais uma palavra.
"As pessoas começaram a entrar, nós deveríamos entrar também; nós temos os convites aqui, apenas sigam o plano e não vão ficar nervosos e desistir".
"Esperem!" Si Lingdand parou de repente.
San Zhazi estava começando a ficar impaciente, "Será que dá pra se apressar? Vamos terminar logo esse trabalho para embolsarmos o dinheiro".
"Eu… Eu acho que vi repórteres".
Os outros três se viraram para olhar na direção que Si Lingdang estava olhando.
"E se eles também estiverem tentando se esgueirar no casamento para descolarem informação? Então, a manchete do noticiário Noite Beijing de hoje sem dúvida seria nós… Eu não quero estar mais nisso, se vocês quiserem continuar, fiquem a vontade".
Si Lingdang deu a volta e começou a sair.
"Volte!" Ma Tu gritou.
Vendo que a situação tomou uma direção ruim, San Zhazi rapidamente agarrou o enraivecido Ma Tu e o desanimado Si Lingdang e brigou com os dois. "Não façam uma cena. Não tem apenas dois repórteres? Nós deveríamos captura-los primeiro para resolver o problema? Nós temos quatro pessoas, eles só têm duas".
"Isso mesmo!" La La Man estava todo empolgado. "Nós vamos pegar os equipamentos deles, aquele cara parece muito bem de vida também".
"Vamos fazer isso!" Ma Tu concluiu empolgadamente. "Vamos parar com o plano dos lamentos. Pensem nisso, só nos pagam 1000 dólares para lamentar. Se nós pegarmos os equipamentos dos repórteres junto com itens de luxo que eles estão usando nós vamos fazer mais de 5000 dólares. Depois, nós devolvemos o dinheiro para o sobrinho do chefe, apesar de ser arriscado… quem se importa".
"Da Ge, você é esperto. Hahaha".
Então, as quatro pessoas se aproximaram sorrateiramente dos dois repórteres.
Esses dois repórteres, na verdade, tinham sido arranjados por Gu Hai. Tudo estava sendo preparado com adiantamento, desde as fotografias ao processo de filmagem. Os dois tinham uma espécie de sagacidade afiada deles próprios; se não, eles não teriam se atrevido a vir para este lugar.
Ma Tu esperou pelo momento certo e acenou a mão para os três atrás. "Cheguem mais perto; nós vamos fingir começar uma conversa com eles primeiro, então atraiam eles para um lugar livre e nós ATACAMOS".
Os três assentiram, agindo como se nada tivesse acontecido e seguiram Ma Tu enquanto se aproximavam de suas vítimas. O que estava carregando a câmera tinha acabado de reunir toda a sua coragem e estava prestes a entrar na premier; quando ele imediatamente avistou quatro pessoas suspeitas se aproximando dele.
"Mano! Vai até lá e fala bem rápido."
"Ahhhhhh!"
Os dois falsos repórteres inesperadamente gritaram, ambos rapidamente correram em direção ao portão dos fundos enquanto os quatro os perseguiam. Olhando para as roupas estranhas, os dois impostores pensaram que os quatro homens perseguindo-os eram policiais a paisana. Eles imediatamente abandonaram seus equipamentos caros e pararam um táxi que passava e entraram.
"O que está acontecendo?" o aturdido Si Lingdang olhou para eles.
Um San Zhazi sem fôlego arfou, esbaforido, "Eu também não sei, o que está acontecendo?"
La La Man coçou a cabeça, "Esse equipamento… nós não acabamos de roubá-lo?"
"Vamos esquecer isso!" o imperturbável Ma Tu rapidamente pegou o equipamento.
"Venham, vamos achar um lugar para vender esses. Com esses bebês nós não precisamos trabalhar por um mês inteiro".
"Nós vamos ficar ricos. Nossas vidas de merda realmente acabaram".
"Ha há há…"
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Cap. 4: O que você vê nela?
"Qual é o problema?"
"Aqueles dois disseram que estavam sendo seguidos por policiais à paisana no dia anterior e eles estavam com medo que a polícia descobrisse os detalhes, então eles jogaram seus equipamentos e correram".
"Que tipo de detalhes?"
"Eh… Que eles eram só falsos repórteres…"
"Quem disse que apenas repórteres de verdade têm permissão de carregar câmeras de vídeo?"
"Mas eles estavam usando falsos crachás de repórteres no peito…"
"Então deixe-me perguntar isso, como eles descobriram que estavam sendo seguidos pela polícia?"
"A polícia não hesitou em persegui-los, e eles entraram em pânico, então…"
"Perseguiram?" Gu Hai estava furioso, enrijecendo seu corpo de leopardo* no sofá. "Você contratou um bando de patetas? Ou polícia? Eles eram bandidos e só aconteceu deles chamarem a atenção de bandidos".
"B-b-b-b-bandidos?… De jeito nenhum isso poderia acontecer?"
"De jeito nenhum?" Gu Hai fechou os olhos e inspirou. "Então reze e me diga, onde está o equipamento agora? Depois daqueles dois fugirem, onde eles deixaram o equipamento?"
A pessoa que estava sendo interrogada não ousou abrir a boca.
Gu Hai parou e acenou a mão. "Você pode ir agora."
A casa ficou em silêncio e Gu Hai apertou a ponte de seu nariz, relembrando o que tinha acontecido com o vestido de casamento ontem. Sua mente voou para como ele sentiu como se estivesse sentado em um trono cheio de esperança, e como tudo caiu por terra no fim.
Pensando naquilo, ele tinha sido muito ingênuo.
Mesmo que a dupla tivesse entrado em cena e conseguido destruir o casamento, como as consequências teriam mudado?
Nada teria acontecido.
No fim, o pai que ele sempre tinha admirado teria simplesmente pegado a mão de outra mulher e refeito seus passos pelo salão do casamento. E sua mãe, por outro lado, ainda estaria em frieza mortal em seu caixão. Ela ainda teria morrido pelo seu marido e seu último sorriso em seu leito de morte permaneceria inalterado.
Gu Hai ficou de pé, sozinho, à janela e olhou para fora. Mãe, eu sinto sua falta.
"Xiao Hai, eu sou sua tia. Os preparativos já foram feitos? As estações de televisão estão esperando. Se apresse e me envie as coisas que preciso".
"Se foram."
"O que se foi?"
"Humm, eu vou lhe dar duas novas fitas o mais rápido possível."
Gu Hai desligou e, ao mesmo tempo, seu pai e madrasta chegaram. Esse seria o primeiro jantar que eles dividiriam como uma família.
Gu Hai comeu com sua cabeça abaixada, cuidando de sua vida e sem falar o tempo todo.
Gu Weiting lançou um olhar a Gu Hai. "Por que você está tão quieto?"
"Não se deve ficar em silêncio durante o jantar?"
"Eu lhe permito falar hoje."
"Reportando ao General: eu não tenho nada a dizer."
"Há há há…"
Uma leve risada tilintante ressoou na tranquila sala de jantar, quase fazendo Gu Hai engasgar. Falando honestamente, nos últimos dez anos, ele nunca tinha escutado um som tão refrescante na sua casa antes.
Gu Weiting há tempos já se acostumara com isso. Sem uma mudança em sua expressão facial, ele passou um pedaço de lenço para a mulher ao seu lado e disse com uma voz grave, "Aqui, limpe sua boca. Você parece como se estivesse prestes a esguichar seu arroz."
"Desculpe, desculpe."
Jiang Yuan deu um riso abafado enquanto limpava sua boca, seu olhar pousando em Gu Hai vez ou outra. Vendo que ele nunca se preocupava consigo mesmo, ela pegou um pedaço de carpa e colocou no prato dele.
"Aqui, coma mais."
Gu Hai, mais uma vez, foi pego de surpresa por essa mulher.
Ele sempre se perguntara por que Gu Weiting tentaria encontrar outra mulher que fosse tão bonita quanto sua mãe, mas olhando para a mulher a sua frente, ele percebeu que, apesar de ela ser nova e bonita, não tinha nada bom sobre ela. O sorriso dela carregava uma sugestão de deboche e ela tinha uma postura similar à de uma camponesa.
O que Gu Weiting sequer via nela?
Poderia ser que ele tenha tido iguarias demais para comer e queria tentar comer merda uma vez?
"Traga seu filho amanhã para que ele more conosco."
Tudo o que precisou foi essa única frase de Gu Weiting para azedar a atmosfera.
Gu Hai permaneceu quieto e, julgando pela expressão de Gu Weiting, ele já tinha alguma ideia no que viria a seguir.
"Xiao Hai", Jiang Yuan sorriu, "Meu filho é da sua idade e vocês tem temperamentos similares também. Eu acho que vocês dois seriam realmente compatíveis."
"Se ele vier, eu saio."
Apenas uma frase dita por Gu Hai causou toda a queda do raciocínio de Jiang Yuan.
Gu Weiting estava completamente lívido. "Nesse caso, você pode sair agora."
Gu Hai se levantou e sua ação foi copiada por Jiang Yuan.
"Não brigue com seu pai", ela pediu desesperadamente. "Eu nunca realmente pensei em trazer meu filho aqui. Ele é mais próximo do pai dele e não se acostumaria a viver comigo."
Um homem de quarenta anos, uma mulher divorciada e o filho de dezessete anos dela. Gu Weiting, você realmente sabe como se deixar confortável. Você vai abandonar a esposa que ficou com você por vinte anos?, Gu Hai pensou.
"Independentemente dele vir ou não, eu ainda vou sair."
O rosto de Gu Weiting estava tempestuoso como sempre. Não importa o quão ereto ele permanecesse, seus ombros não podiam evitar de tremer.
Gu Hai ignorou o par de olhos ardendo de raiva atrás de si. Ele sempre quisera sair, mas sempre lhe faltava a motivação para fazê-lo. E agora ele finalmente tinha a chance de fazer.
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